Eu Assisti Solomon Kane / Salomão Kane



Há algum tempo atrás, quando fiz um post sobre adaptações de HQs para o Cinema, eu havia comentado sobre algumas injustiças sofridas por filmes, que seriam épicos, aqui no Brasil. Há alguns dias assisti a um filme que se encaixa nessa classificação: Salomão Kane.
O personagem ficou conhecido aqui no Brasil pelas histórias publicadas em A Espada Selvagem de Conan, o Bárbaro, da editora Abril, chegando até mesmo a receber algumas edições especiais da mesma editora.
A adaptação foi dirigida por Michael Basett, baseado nas histórias originais do próprio Robert Howard. O personagem principal foi interpretado por James Purefoy, ator bem conhecido pela sua interpretação como o vilão de Coração de Cavaleiro.
Lembro que assim que vi o cartaz com o anuncio do filme aqui no Brasil, tentei assisti-lo desesperadamente. Para a minha infelicidade, a maioria das salas de cinema optaram por passá-lo ou na versão dublada, ou em horários de matinê. Fico pensando: será que eles acharam que esse era um filme para o público infanto-juvenil? Se assim for, coitadinhas de nossas crianças...
Salomão Kane é um filme violento. Bem violento. Uma história tensa que fala sobre traição, pecado, virtude e vício. Um caminho a ser percorrido, não em busca da salvação, mas em fuga da danação. A morte é certa, e por vezes o único caminho desejável para o aventureiro.
Há certa adaptação sim sobre a história original, porém nada que prejudique o espírito sombrio do puritano inglês. Com um roteiro bem fechado, o filme permite um gancho para um eventual segundo filme, mas mesmo esse deixa no espectador a sensação de “não, não haverá um segundo filme”.
Enfim, assistam, pois é um filme que agradará tanto aos fãs dos épicos quantos aos fãs de HQs.

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